Maternidade e Africanidade
“Existem várias lendas e fatos históricos que podem muito bem ilustrar o poder das mulheres nas sociedades africanas. Os rituais de iniciação, de passagem e cerimônias, eram comandadas pelas mulheres-sacerdotisas, anciãs, guardiãs dos conhecimentos e segredos. A essa transmissão de conhecimento podemos nominar de Educação.”
(Caderno de Educação, vol XII, 2009 – Ilê Aiyê)
Para homenagear as mulheres negras, particularmente as mães, biológicas ou não, a Fundação Gregório de Mattos, realizou no último dia 12, na Casa do Benin, uma Mesa-redonda intitulada Maternidade e Africanidade. Para tanto convidou a Sra.Jaciara Ribeiro Yalorixá do Terreiro Abassá de Ogum, o Arte-educador do Museu de enfermagem Anna Nery a Profª Darci Xavier, Articuladora de História da Escola Parque e o Sr Marcelo Sacramento, Cônsul do Benim.
Em sua fala, Darci lembrou da magnitude e do poder das mulheres africanas, mas nos alerta sobre as formas cruéis que mulheres ainda são tratadas em algumas sociedades africanas, sofrendo apedrejamento e mutilações.
Discorreu sobre a influencia da mulher negra que durante o período da escravidão, maternou, os filhos dos senhores oferecendo seu peito e seu colo, cuidando da educação, saúde e da alimentação, fazendo-os falar, comer, rezar, enfim transmitindo a afetividade que a criança precisa para se constituir como pessoa.
Por fim lembrou aos presentes, a responsabilidade da mulher/mãe e professora na aplicação da Lei 10.639.03 para o resgate e valorização das mulheres negras.
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