DIA DA ÁFRICA 2015: Celebração da libertação de África: 25 de maio.
Chefes de Estado africanos se reuniram na cidade de Adis Abeba, na
Etiópia, em 25 de maio de 1963, para
enfrentar a subordinação que o continente vinha sofrendo há tempos. A tal
subordinação chamou-se colonialismo, neocolonialismo ou partilha da África, que
até à data da reunião ainda sofriam de apropriação forçada das suas riquezas
humanas e naturais.
Na ocasião, fundou-se a Organização da Unidade Africana (OUA), sendo
conhecida hoje como União Africana. A ONU, em 1972 reconheceu a importância
desse encontro e instituiu o dia 25 de maio como o Dia de África, que simboliza
a luta dos povos do continente africano pela sua independência.
A
União Africana tem como objetivos a unidade e a solidariedade africana. Defende
a eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração
económica, além da cooperação política e cultural no continente.
Membros: A União Africana possui 53 membros, cobrindo quase todo o continente
africano.
LEI
10.639/03 Aplicabilidade/ Formação de profissionais da educação .
Esta
Celebração justifica-se principalmente pelo cumprimento à lei 10.639/03, que dispõe
sobre a obrigatoriedade do estudo da História da África, dos africanos e dos afrodescendentes
em todos os níveis e modalidades de ensino. Para tanto, a Escola Parque/Classe
promove esta formação para profissionais do Centro, desde 2008.
O
CECR anualmente escolhe um tema
gerador e este ano nosso tema é Água, bem necessário:
compromisso de todos. Estabelecendo a relação deste tema com a questão racial é possível observar as
desigualdades entre negros e não negros neste país.
O acesso
aos serviços de água tratada e esgotamento sanitário revelam diferenças
significativas entre os brasileiros: 35,3% dos domicílios chefiados por afrodescendentes
não possuem água tratada, contra 19% dos domicílios chefiados por brancos.
Quanto ao esgotamento sanitário, 50,3% dos domicílios chefiados por afrodescendentes
não dispõem deste serviço, contra 26,4% dos domicílios chefiados por brancos. Falta
saneamento básico adequado principalmente para a população mais pobre, e nas
áreas rurais a cobertura continua muito pequena.
Considerações
finais
Celebrar a África é celebrar
a humanidade, pois afinal, cientificamente comprovada África é o berço da
humanidade. Quando falamos de África, vem sempre a ideia de doenças, fome, e
guerras. Mas, de que África estamos falando? Que África conhecemos? Para
alguns, África é o “pais dos negros”, ou “o lugar de onde veio a macumba”.
Desconhecendo inclusive a diversidade étnica e religiosa do continente. A
África é plural, multi, de grande diversidade cultural, politica, social e
religiosa. É preciso conhecer para valorizar, preservar e resistir. A SPD (Sociedade
Protetora dos Desvalidos) é sinônimo de resistência. A escola que tem sido
palco de preconceito, intolerância e bulling, pode e deve ser o espaço de
desconstrução destes conceitos e ações, transformando – se em espaço de formação e construção da cidadania. Um país
que se pretende ser uma pátria educadora, tendo a educação como prioridade, não
pode compactuar com o racismo.
Afinal, qual a sua África?